DA NOITE MAIS OBSCURA
caminho desnudo pela casa
de paredes cobertas por borboletas
reluzentes sob a luz baça
brisas loucas me afagam o rosto
os olhos a fitar a noite de silêncio
só o arco desenhado pela luz
desce sobre as árvores
Ao longe, insípida,
a escuridão é perfurada
pelo canto dos grilos
espero a claridade das manhãs
pleno de versos que semeei
há paz porque não há esperança